Un bel dì, vedremo
levarsi un fil di fumo
dall'estremo confin del mare.
E poi la nave appare.
Poi la nave bianca
entra nel porto,
romba il suo saluto.
Vedi? È venuto!
Io non gli scendo incontro. Io no.
Mi metto là sul ciglio del colle e aspetto,
e aspetto gran tempo e non mi pesa,
la lunga attesa.
E uscito dalla folla cittadina
un uomo, un picciol punto
s'avvia per la collina.
Chi sarà? chi sarà?
E come sarà giunto
che dirà? che dirà?
Chiamerà Butterfly dalla lontana.
Io snza dar risposta
me ne starò nascosta
un po' per celia...
e un po' per non morire al primo incontro,
ed egli alquanto in pena chiamerà,
chiamerà: iccina mogliettina
olezzo di verbena,
i nomi che mi dava al suo venire
(a Suzuki)
Tutto questo avverrà, te lo prometto.
Tienti la tua paura,
io consicura fede l'aspetto.
(Butterfly e Suzuki si abbracciano commosse)
segunda-feira, abril 27, 2009
Un bel di, vedremo - Madama Butterfly
terça-feira, abril 14, 2009
domingo, abril 05, 2009
Chuva de verão - Hermes de Aquino
Teu amor é como chuva de verão
Vem depressa maltratando o coração
Cobre o sol que brilha bem dentro de mim
Tempestade arrasando o meu jardim
Teu amor é como pluma a flutuar
Bate o vento e ele voa sem parar
Tem o rumo de um barquinho de papel
É o inferno que promete ser o céu
Mesmo assim eu gosto muito de você
Faço tudo prá você não me esquecer
Teu amor é como o sonho que eu sonhei
É o presente que eu queria
E não ganhei
Vem, que a vida é só isso
Vem, sem medo de sonhar
Vem, despense os compromissos
Vem, que eu quero te amar!
Amora - Renato Teixeira
Depois da curva da estrada
Tem um pé de araçá
Sinto vir água nos olhos
Toda vez que passo lá
Sinto o coração flechado
Cercado de solidão
Penso que deve ser doce
A fruta do coração
Vou contar para o seu pai
Que você namora
Vou contar pra sua mãe
Que você me ignora
Vou pintar a minha boca
Do vermelho da amora
Que nasce lá no quintal
Da casa onde você mora
Fumo - Florbela Espanca
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho!
Invoco o nosso sonho!
Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...
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